Uma vez tomada a decisão de não ter filhos, o homem pode submeter-se a uma cirurgia com esta finalidade: evitar a gravidez da parceira.

É um método de esterilização masculina, portanto considerada uma contracepção permanente. Embora exista possibilidade de tentar revertê-la. Em geral, é uma medida que faz parte do planejamento familiar, em comum acordo com a parceira.

A cirurgia é de pequeno porte, bem mais simples que a ligadura das trompas nas mulheres. Os canais que levam os espermatozoides dos testículos para a uretra são cortados, separados e amarrados impedindo sua passagem. Portanto, o sêmen ejaculado não contém espermatozoides. São dois pequenos cortes feitos sob anestesia local na bolsa escrotal que depois são fechados com pontos. 

Existem muitos mitos e tabus em relação a vasectomia (como também denomina-se esta cirurgia), tais como alteração no tamanho e dor no pênis, perda da masculinidade, do desejo sexual, perda da ereção ou que o homem fica castrado: TODOS FALSOS! No procedimento não há manipulação cirúrgica do pênis, a cirurgia não envolve este órgão, tampouco altera sua sensibilidade, tamanho ou influencia a libido.

É importante lembrar que no pós operatório seja mantido método contraceptivo até a realização de um exame comprobatório da efetividade da cirurgia, chamado espermograma. E que seu resultado seja apresentado ao urologista.

A vasectomia tem aumentado no Brasil devido ao engajamento masculino no planejamento familiar, e ao intuito de evitar que suas mulheres se submetam a cirurgias mais dolorosas, que precisam de internação e têm riscos mais elevados.

Dr. Thiago Bruno